Esse blog tem a finalidade de divulgar ciência e tecnologias em linguagem popular, pois seu melhor entendimento é de total interesse nacional, uma vez que além de promover o desenvolvimento de senso crítico, ele propicia um acompanhamento cada vez mais democrático de seu futuro. Se construirmos um Brasil mais informado, quem sabe, possamos torná-lo mais justo.

terça-feira, 24 de maio de 2011

Carro flex

Quem já teve o prazer de dirigir um carro novinho, recém tirado da fábrica/loja, provavelmente já passou pela seguinte situação.  Dizem por ai que no carro flex novo deve-se andar os dois primeiros tanques com gasolina e depois, sim  pode-se utilizar, o álcool. Lenda urbana. Besteira da cabeça de quem não entende do que está falando. Para o motor flex, um sensor (um ohmímetro estrategicamente colocado no interior do tanque) afere a condutividade do combustível, assim sendo possivel verificar de que se trata o mesmo: gasolina, álcool ou a mistura deles. O módulo de controle eletrônico determina a pressão de ideal de queima para o combustível presente. Assim sendo, tanto faz.Qualquer combustível colocado vai ser queimados sem danos aos equipamentos internos nem propiciando baixo desempenho. 
Basicamente, o carro flex é o mesmo dos carros anteriores com ligeiras mudanças. Adaptações a nova realidade. Liberdade de escolha do combustível a ser utilizado. Além do software do módulo de controle eletrônico para maior capacidade de processamento e de parâmetros diferenciados para atender a cada combustível, seja na relação estequiométrica, seja no avanço de ignição, o motor recebe alterações nos materiais das válvulas e de suas sedes, uma vez que o álcool não tem as mesmas propriedades lubrificantes da gasolina. Aprimoramentos também foram feitos nos processos de ignição. Problemas de ignição a frio sempre foi um grande vilão dos veículos movidos à àlcool pricipalmente em dias frios. Acionamento de acelerados e o aquecimento prévio do combustível foram umas das técnicas aplicadas. Tudo isso sem a  necessidade do comando do operador. O motorista.
Escolha do combustível
Verdade é que os motores normalmente são mais potentes com álcool, pode-se usar esse combustível quando se desejar maior desempenho. O motor queima álcool a pressão maior. Mas como o consumo com o combustível alternativo é maior em relação à gasolina: ao se procurar a maior autonomia possível, a gasolina é mais atraente.
O proprietário de carro flex, dependendo da região e da época do ano (o preço do álcool costuma variar bastante entre a safra e a entressafra de cana-de-açúcar), pode abastecer com álcool e obter economia para rodar, mesmo que com o combustível alternativo o consumo seja maior. É que o preço por litro na bomba é sempre bem menor do que o da gasolina e isso muitas vezes mais do que compensa o maior volume gasto.
Por isso, o dono de carro flex interessado em gastar o menos possível pode fazer um pequeno cálculo antes de escolher o combustível no posto. É multiplicar o preço do litro da gasolina por 0,7. Se o resultado der um valor menor que o preço do litro do álcool, abastecer com gasolina; se maior, álcool é a melhor opção.

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